Filosofia Advaita (Não-dualista) de Nisagardatta Maharaj
Simples conhecimento não é o suficiente; o conhecedor deve ser conhecido. Os pandits e yogues podem saber muitas coisas, mas qual é o uso só do conhecimento, quando o Self não é conhecido? Ele pode certamente ser mal utilizado. Sem oconhecimento do conhecedor não pode haver paz.
('Pandit' é um título honorífico atribuído a professores ou eruditos na Índia, principalmente aos versados em sânscrito, ciências, leis e religião.)
Enquanto você acreditar que é um corpo, você atribuirá causas a tudo. Eu não digo que as coisas não têm causas. Cada coisa tem causas inumeráveis. É como é, porque o mundo é como é. Cada causa cobre o universo nas suas ramificações. Não há causas, mas apenas a sua ignorância do seu Ser real, o qual é perfeito e além de qualquer causa.
Porque todo o universo é responsável por qualquer acontecimento, e você é a fonte do universo.
No fim das contas, você sabe que não há pecado, não há culpa, nem retribuição, há apenas vida, nas suas transformações sem fim. Com a dissolução do 'eu' pessoal, o sofrimento pessoal desaparece. O que permanece é a grande tristeza da compaixão, o horror da dor desnecessária.
Só há problemas quando você se prende a alguma coisa. Quando você não se prende a nada, nenhum problema aparece. O abandono do menor é o ganho do maior. Abandone tudo e ganhe tudo. A vida se torna o que deveria ser: pura radiação de uma fonte inexaurível. Sob essa luz o mundo aparece, pálido como um sonho.
O estado natural só pode ser descrito pela negação, como sendo não causado, independente, não relativo, indivisível, não composto, inabalável, inquestionável, inalcançável pelo esforço.Toda definição positiva vem da memória e é por essa razão inaplicável. E mesmo assim meu estado é supremamente atual e por essa razão possível, realizável, alcançável.
Todo pensamento está na dualidade. Na identidade, nenhum pensamento sobrevive.
Nisargadatta
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Lena Rodriguez
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