As
rodovias federais de Pernambuco tiveram um feriadão de Semana Santa
mais violento em 2012, quando comparado com 2011. O balanço divulgado
pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta segunda-feira (9), apontou
um total de onze mortos, contra cinco do ano passado. Apesar do aumento
das vítimas de morte, os números da PRF demonstraram menos feridos,
menos acidentes e menos veículos envolvidos.
Das pessoas mortas, dez estavam em
acidentes que aconteceram no Domingo de Páscoa (8). Até então, apenas um
motoqueiro havia morrido, na Sexta-Feira Santa (6), em um acidente na
BR-316, na cidade de Bodocó, no sertão pernambucano. “É a
casualidade mesmo. Temos que destacar que domingo é dia do retorno, o
movimento nas estradas foi maior. As pessoas viajam na quarta, na
quinta, mas a maioria retorna no domingo. Alguns até cansados, por terem
aproveitado bem o feriado”, explicou Éder Rommel, inspetor da PRF.
O primeiro acidente do domingo aconteceu
na BR-424, em Venturosa, quando um caminhão tombou na pista, deixando o
motorista morto. O segundo foi na BR-232, em Pesqueira, envolvendo dois
veículos. Cinco pessoas morreram. O último foi na BR-424, em Garanhuns.
Três veículos colidiram e quatro pessoas morreram.
“Nenhum desses acidentes graves foi
por uma casualidade. Os dois mais graves aconteceram por falha humana,
já confirmada. Nos dois casos, os motoristas tentaram ultrapassar, e,
talvez, por falta de experiência, acabaram colidindo”, falou
Rommel. Os acidentes fatais aconteceram em rodovias de pistas simples.
Já os acidentes sem mortos ocorreram, principalmente, nas BRs 101 e 232,
com mais de 60% das ocorrências.
Em 2012, foram 96 acidentes, com 64
feridos e 185 veículos envolvidos; em 2011, foram 185 acidentes, com 85
feridos e 269 veículos envolvidos. Em relação aos números de condutores
autuados pela Lei Seca, em 2012 foram 16, com 8 presos, cinco a menos do
que em 2011.
Segundo o inspetor Rommel, não há como
saber se os motoristas envolvidos nos acidentes mais graves haviam
bebido, pois, devido às fatalidades, não houve a realização de testes.
Os acidentes também não aconteceram em locais de mais movimento, onde a
PRF focou no reforço das fiscalizações. (Com informações do G1) (Carlos Britto)