Dicas De Festas De São João 2012 No Nordeste

Em clima de festa! E o calendário é marcado por eventos  que comemoram o dia de São João. As festas juninas brasileiras são maravilhosas e revelam traços culturais de cada uma das regiões do país. Quadrilhas, brincadeiras e barraquinhas com comidas típicas costumam marcar presença na comemoração.
A origem da comemoração é pagã, mas foi incorporada pelo cristianismo durante a Idade Média e passou a louvar determinados santos populares. A festa junina acontece em vários países, mas o Brasil ela assumiu características especiais que sintonizaram com os elementos da cultura nacional.
As festas juninas brasileiras são multiculturais e procuram manter a harmonia com as tradições. Elas foram inspiradas nos festejos portugueses, que buscavam homenagear principalmente Santo Antônio, São João e São Pedro. Apesar das referências estrangeiras, foi o povo brasileiro que moldou as principais características do perfil de festa junina que todos conhecem no país, em especial os nordestinos.
As danças típicas, as comidas deliciosas, os trajes caipiras e brincadeiras surgiram principalmente na região nordeste do país. Os costumes de populações afro-brasileiras e indígenas também serviram de influencia para montar o formato da festa e torná-la um evento  tipicamente abrasileirado a maneira do povo que habita essa terra.

As dicas de festas junina 2011 abrangem principalmente os eventos que acontecem na região Nordeste do Brasil, já que eles exploram ao máximo as tradições referentes à data. Quem está procurando um lugar diferente para se divertir com os festejos de São João, deve pesquisar quais as festas juninas nordestinas são mais populares.
Considerada a maior festa de São João do mundo, a comemoração de Campina Grande atrai turistas de todos os lugares e aquece a economia da cidade paraibana. Todos os anos uma grandiosa infraestrutura é montada no Parque do Povo para dar conta das barraquinhas, brincadeiras e oferecer espaço principalmente para as atrações da festa junina, como é o caso das danças típicas.

Em Campina Grande, a festa junina é movida por muito forró e ainda conta com a tradicional quadrilha que motiva a participação de casais caracterizados de caipiras. Sendo que a programação  já foi elaborada para agitar a comemoração nordestina aos moldes de sua cultura. A decoração da maior festa de São João provavelmente estará maravilhosa nesta edição, contando com cidade cenográfica que permite passeios maravilhosos.
A Programação de festas de São João no Nordeste também inclui outras cidades da região, como é o caso de Caruaru em Pernambuco. Com uma comemoração tradicional, o município promove uma festa com muitas danças e comidas típicas. O palco principal da festa na cidade pernambucana promete trazer grandes atrações da música, como é o caso das bandas de forró.

Outras festas juninas também se destacam na região Nordeste, como é o caso da comemoração em São Luis do Maranhão, que rompe um pouco com as tradições do clima caipira para apostar na alegria do Bumba-meu-boi, uma das principais atrações do evento. Ainda no Nordeste, vale à pena mencionar a festa junina de João Pessoa, que se tornou conhecida nacionalmente por sua animação e acaba entrando no clima de Campina Grande, que fica a apenas 130 quilômetros de distância.
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SANTINHOS: TODOS DIZEM AMÉM

Nem rezando para o “São” Steve Jobs. Especialistas em marketing político garantem que ainda não será em 2012 que os iPhones, iPads e redes sociais em geral (Twitter, Facebook…) irão substituir os pré-históricos, porcalhões e ecologicamente incorretos “santinhos eleitorais”.

“Os santinhos são fundamentais, imprescindíveis. Boa parte dos eleitores brasileiros ainda precisa de ‘cola’ para votar”, diz o consultor e professor de marketing e planejamento estratégico Walter Martins. “Quando um candidato sai pela periferia, em companhia de uma liderança de bairro, ele precisa ter alguma coisa para entregar, um mimo. Isso funciona”.

O também consultor Carlos Manhanelli considera loucura abandonar os santinhos. “Uma campanha você faz atacando em diversas frentes. O santinho não pode ser deixado de lado – e algo que o eleitor pode levar na carteira, algo que cria proximidade”, diz. “O acesso à internet cresceu, é verdade, mas política não é um tema tão procurado nas redes sociais”. Ou seja, “política” não é “sexo” (nem aqui, nem no Google).

Até o candidato a deputado federal que recusou-se a usar papel na última campanha “caiu na real”: “iPhone não vota”, sentencia Aleksander Mandic (ex-DEM, atual PSD). Como um dos precursores da internet no Brasil, ele tentou provar a eficácia da rede investindo em uma campanha totalmente focada na internet. “Eu mandava os santinhos virtuais por e-mail e celular, mas não deu certo. De qualquer maneira, só serei candidato novamente se puder vencer uma eleição desta maneira”.

As gráficas já começaram a receber as primeiras sondagens dos pré-candidatos – principalmente dos postulantes a uma vaga nas Câmaras Municipais. A Gráfica Paulista, por exemplo, já está fechando orçamento com dois candidatos, que devem gastar de R$ 4 mil a R$ 7 mil em 1 milhão de santinhos. A Grafnorte é outra que já recebeu propostas para impressão de santinhos. “Mas estamos relutantes. Nas últimas eleições tomamos muitos calotes. Os políticos, simplesmente, somem e não pagam pelos santinhos”, diz a gerente Vera Lúcia.

Na universidade
A professora de estudos linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais Priscila Viana dedicou um trabalho acadêmico aos santinhos. “Provavelmente, a origem dos santinhos políticos é mesmo a igreja, a distribuição de santinhos durante missas ou pregações”, afirma. “A linguagem dos santinhos é direta e eficaz. Nos casos mais emblemáticos, o eleitor encontra, nos santinhos, informações sobre a vida dos candidatos. Isso tem mais valor do que as propostas”.

Já Talden Farias, especialista em Gestão e Controle Ambiental pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), tem desenvolvido um trabalho sobre o ‘direito eleitoral e a poluição ambiental. “Na minha visão, as secretarias de Meio Ambiente poderiam atuar em parceria com a Justiça Eleitoral contra a poluição produzida pelos santinhos. Não só indicando os locais onde eles não poderiam ser entregues, mas também legislando sobre o tipo de material usado – exigindo algo ecologicamente correto”.

Só para slogan
Infelizmente, detratores dos santinhos não têm muito o que comemorar. O consultor político Walter Martins diz que o fator “ecológico” e questões como “sustentabilidade” são bons como slogan, mas não garantem votações expressivas. “Principalmente em pequenos municípios. Pouca gente deixa de votar em candidato por ele sujar a rua com santinho”.

O colecionador
Os santinhos têm um defensor apaixonado, o delegado Manoel Camassa, de 68 anos. “Sem eles, a política fica muito restrita aos velhos nomes. É por meio dos santinhos que as novas caras podem se apresentar”, avalia. Além da defesa ideológica, Camassa é um colecionador de material de campanha eleitoral – e os santinhos ocupam um espaço de destaque em sua coleção.
“Sou um colecionista nato. Junto de maquininha de cabelo, brinquedos, cartões postais… Mas tudo começou com a numismática (coleção de cédulas, moedas e medalhas), acho que entre os anos 40 e 50. Eu era novinho, herdei esse gosto do meu pai”, conta.
Ao colecionar cédulas, Camassa descobriu que alguns partidos políticos usavam imitações de dinheiro para divulgar candidatos. “Também tinha partido que carimbava em nota de verdade nome do candidato. Era santinho que circulava muito tempo, de mão em mão. Hoje isso é proibido, claro”.
A partir dessas cédulas, Camassa começou a buscar outros santinhos. Sua coleção conta com mais de cinco mil exemplares. Santinhos de Jânio Quadros, Adhemar de Barros e de candidatos do MDB, Arena e até do Partido Comunista (quando ele ainda era ilegal) estão entre os mais raros. Em um dos santinhos mais improváveis, o ex-governador Cláudio Lembo surge jovem e sem suas revoltas sobrancelhas.
Dos mais modernos, Maluf é um dos que sempre usou e abusou do recurso – é possível encontrá-lo sorridente ao lado de Celso Pitta em um santinho. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) é outro que está estampado ao lado do então tucano Gabriel Chalita em um santinho (hoje, Chalita está no PMDB e pode figurar em santinhos de prefeito em 2012).