É difícil pensarmos que pessoas são excluídas do meio social em razão das características físicas que possuem, como cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação física. Já nascemos com essas características e não podemos, de certa forma, ser culpados por tê-las.
Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão é o ato ou efeito de incluir.
A inclusão está ligada a todas as
pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Mas os
excluídos socialmente são também os que não possuem condições
financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, além dos idosos,
os negros e os portadores de deficiências físicas, como cadeirantes,
deficientes visuais, auditivos e mentais. Existem as leis específicas
para cada área, como a das cotas de vagas nas universidades, em relação
aos negros, e as que tratam da inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho.
As sociedades antepassadas não aceitavam
a deficiência, provocando uma exclusão quase total das pessoas
portadoras desta. As famílias chegavam mesmo a escondê-las da
convivência com outros, isolando-as do mundo. Felizmente, o mundo
desenvolveu levando a uma maior aceitação da deficiência devido ao
aparecimento de novos pensamentos e mentalidades. Estas transformações
aconteceram, em grande maioria, no final do século XIX e começo do
século XX na Revolução Industrial, com o aparecimento do interesse pela
educação nos países desenvolvidos. Esse interesse provocou o início do
atendimento aos deficientes, bem como o aparecimento da educação
especial destinada a um movimento de inclusão escolar e social. Assim a
sociedade aprendeu a ser mais inclusiva, compreensiva e solidária com a
deficiência.
Vários países já criaram leis que
protegem os deficientes e que os incluem na sociedade. Um deficiente
deve ser considerado um cidadão, isto é, um indivíduo que pode gozar dos
seus direitos civis, políticos, econômicos e sociais de uma sociedade
assim como deve cumprir os seus deveres para com esta. Um cidadão deve
ter dignidade, ter honra e ser respeitado por qualquer outro, ou seja,
todos os deficientes têm direito a ser respeitados pois também são
cidadãos.
A prática da desmarginalização de
portadores de deficiência deve ser parte integrante de planos nacionais
de educação, que objetivem atingir educação para todos. A inclusão
social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua
interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos
da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o
compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de
deficiência. A inclusão social é, na verdade, uma medida de ordem
econômica, uma vez que o portador de deficiência e outras minorias
tornam-se cidadãos produtivos, participantes, conscientes de seus
direitos e deveres, diminuindo, assim, os custos sociais. Dessa forma,
lutar a favor da inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e
de todos coletivamente.
GONZAGA PATRIOTA
é Contador, Advogado,Administrador de Empresas e Jornalista. Pós-
Graduado em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas
Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil, pela Universidade
Federal da Argentina.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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