O leitor Antonio Elton aproveita o
escândalo do Mensalão, que virou notícia em todo o País, para fazer um
alerta sobre a importância de não vender o voto no próximo dia 07 de
outubro, e escolher o candidato com as melhores propostas para a
população.
Confiram:
Nos
últimos dias tem se acompanhado um marco histórico na justiça
brasileira. E mesmo aqueles que não por meio da mídia impressa ou
televisiva, já tomaram conhecimento através da febre atual das redes
sociais, sobre o julgamento do Mensalão. E quem acompanha a discussão
através delas já percebeu a revolta existente contra o ministro Ricardo
Lewandowski, e aclamação do ministro Joaquim Barbosa como o “justiceiro
do Mensalão”. As reações quanto ao primeiro deve-se ao fato de ele ter
ido contra o voto do segundo, pois em alguns momentos Lewandowski, como
revisor do processo, ao invés de condenar, ele absolveu alguns do
envolvidos, como ocorreu por exemplo no caso do ex-presidente da Câmara e
hoje, pasmem, deputado federal por São Paulo João Paulo Cunha, que
anteriormente tinha sido condenado por corrupção passiva pelo também
ministro do STF, Joaquim Barbosa, em seu relatório. Esse fato
desencadeou-se até mesmo em ofensas ao ministro.
Pois bem vamos fazer uma rápida
análise do que foi o Mensalão, que foi um dos – senão o maior –
escândalos já descobertos na política brasileira. A revelação do mesmo
ocorreu durante o governo Lula, no período de 2005/2006, e se tratava da
compra de votos de parlamentares em troca de apoio (como se precisasse)
ao governo na Câmara. Até aí tudo bem, é revoltante mesmo, e o fato de
se expressar a revolta através de um meio acessível desde o mais humilde
cidadão até os maiorais dos três poderes é louvável.
E nesse mesmo ensejo é necessário
atentarmos para o processo eleitoral, do qual estamos a menos de duas
semanas. Nós, eleitores, mesmo que não sejamos advogados, juristas e
magistrados para exercemos cargo de ministro do Superior Tribunal
Federal, teremos a oportunidade de julgar políticos com o nosso voto, e
escolhermos se agiremos como Barbosa ou Lewandowski. Como diria o
apóstolo Paulo, “não vos enganeis”. Pois muitos daqueles que se
injuriaram com o voto de absolvição do João Paulo Cunha foram as mesmas
pessoas que o elegeram novamente para deputado federal, mesmo sabendo o
que ele tinha feito.
Em eleições, principalmente nos
pleitos municipais, é notável a compra de votos por políticos corruptos.
Aí não venha fazer concessão, pois vendendo seu voto estará não só
cometendo o mesmo ato que o citado deputado, só que em menor escala, já
que ele recebeu centenas de milhares em reais, como também estará sendo
conivente com a injustiça combatida pelo ministro Joaquim Barbosa.
Seremos juízes do nosso futuro:
confiaremos os próximos quatro anos de governo dos municípios nos quais
moramos a pessoas que já iniciam a busca por mandatos e que serão
responsáveis pela saúde, educação, segurança e outros tantos aspectos
que precisam ser melhorados, em mãos daqueles que não medem as
consequências em busca do poder? Quem vende o voto se prostitui de forma
mesquinha, em troca de míseros R$50, R$100 ou mais, e até muitas vezes
como já vi menos que isso. Faça suas contas e veja que não vale a pena
vender seu direito de cobrar dos governantes, por menos de R$0,10 ao
dia. Pois é a esta verba diária a que se tem direito quem pratica tal
ato, tomando como exemplo quem vende o voto por R$100. Com esses dez
centavos você poderá cobrar acesso à saúde pública de qualidade,
educação para seus filhos, saneamento básico entre outras várias coisas
que nos são asseguradas por direito?
Meditem naquilo que disse Jesus,
“com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que
medis vos medirão a vós (Mt 7:2)”, e mesmo que não creia nele, use o
mesmo ensinamento de Sócrates para que não se tenha “um pesos e duas
medidas”.
Antonio Elton/Leitor (Blog Carlos Britto)
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