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A campanha de atualização da caderneta infantil terminou na última
sexta-feira (24), com 1,3milhãode crianças vacinadascontra várias
doenças no país. É a primeira vez que o Ministério da Saúde - em
conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde - realizou a
estratégia. Durante a semana de atualização, foram disponibilizadas aos
menores de cinco anos todas as vacinas do calendário básico da
criança. A partir de agora, ocorrerá todos os anos, sempre no segundo
semestre.
No primeiro semestre continuará será realizada a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite.
O principal objetivo da atualização da caderneta é reduzir as taxas de
abandono do esquema vacinal e, consequentemente, o risco de transmissão
de doenças imunopreveníveis.
Foram ofertadas as seguintes vacinas: BCG, hepatite B, pentavalente,
vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP),
rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre
amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria,
tétano e coqueluche).
NÚMEROS –Durante acampanha de atualização da caderneta
de vacinação foram distribuídas megadoses de vitamina A para 56.125
crianças (18,7%). Com relação ao número de crianças que receberam
vitamina A em 2012 (rotina e campanha), os dados chegam a mais de 1,8
milhão de crianças (62% da meta). Ao todo foram distribuídas, em 2012,
1.954.309 cápsulas de vitamina A.
Também foram aplicadas 2.259.916milhões de doses de vacinas em crianças
menores de cinco anos. A vacina tríplice bacteriana (DTP) foi a mais
administrada, com 456.385mil doses. Também foram aplicadas 381.177mil
doses da vacina oral poliomielite; 374.724doses da tríplice viral; e
280.576doses da vacina pneumocócica conjugada 10 valente.
Para a operacionalização desta estratégia, o Ministério da Saúde
repassou R$ 18,6 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos
estaduais e municipais. Em todo o país, a campanha contou com 34 mil
postos de vacinação, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos.
PENTAVALENTE – Éinjetável e reúne em uma única
aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que
deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e
doenças causadas pelo
Haemophilus influenzae tipo b, como meningite, e a vacina hepatite B. Significa uma picada a menos para as crianças.
A pentavalente será aplicada aos dois, aos quatro e aos seis meses de
vida. Se a criança tiver começado o calendário com a tetravalente - sem
que tenha terminado o esquema vacinal - deverá tomar a pentavalente.
Mas no caso de o município ter estoque remanescente da tetravalente, a criança poderá concluir o esquema com esta vacina.
Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a DTP. O
primeiro deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro
anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina
hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12
horas, para prevenir a transmissão vertical.
PÓLIO INATIVADA - As crianças que nunca foram
vacinadascontra a paralisia infantil irão tomar a primeira dose aos dois
meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina inativada
poliomielite, de forma injetável.
Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
As crianças que já começaram o calendário básico com a vacina oral
continuam o esquema antigo com as gotinhas: dois meses, quatro meses,
seis meses e 15 meses.
Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde
continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda
existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a
doença.
O Brasil já está se preparando para utilizar apenas a vacina inativada quando ocorrer a erradicação da doença no mundo.
A vacina será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica
C (conjugada) transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios
Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias (FUNED) estão
desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente
esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações em quatro ou cinco
anos.
Por Kattiúscia Souza Alves, da Agência Saúde – Ascom/MS